Curitiba/PR: Cohab retoma construção de 156 moradias abandonadas pela gestão anterior

A Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) retomou a construção de 156 moradias do conjunto habitacional Maringá I, no bairro Cachoeira. São 94 casas térreas e 62 sobrados que já deveriam ter sido entregues e estar habitadas por famílias que vivem em situação de risco nas vilas Nori, no Pilarzinho, e Três Pinheiros, no Butiatuvinha, caso as obras não tivessem sido interrompidas em 2015, na gestão anterior.

O conjunto Maringá 1 é um dos dez contratos do programa habitacional do município que foram interrompidos pela gestão anterior. Foram 774 as unidades habitacionais com obras paralisadas, sendo que o Maringá 1 foi o que ficou com o maior número de moradias interrompidas – são 131 casas em diferentes estágios e outras 25 que nem sequer começaram a ser construídas.

Para o reinício da obra que foi paralisada sem nenhuma unidade concluída e entregue, serão investidos R$ 8,7 milhões, provenientes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Caixa Econômica Federal. Os recursos servirão para finalizar as moradias e para promover a recuperação ambiental das áreas onde as famílias viviam. A retomada da obra foi uma determinação do prefeito Rafael Greca.

“Com competência e comprometimento temos renegociado dívidas e contratos e buscado novos recursos que nos permitam retomar as obras paralisadas e fazer Curitiba renascer”, diz Greca. “Concentramos esforços para recuperar a credibilidade e a saúde financeira da Cohab e, assim, garantirmos moradias dignas às famílias e a preservação de nossas áreas ambientais.”

Abandono das obras

Além de prolongar a transferência das famílias que vivem de forma precária, sem infraestrutura em áreas sujeitas a deslizamentos nas vilas Nori e Três Pinheiros, o abandono das obras trouxe outros prejuízos ao município. As casas iniciadas foram tomadas pelo mato, algumas foram vandalizadas, tiveram parte da estrutura destruída e pichada e materiais como os registros de água foram roubados.

O presidente da Cohab, José Lupion Neto, assegura que haverá prioridade e comprometimento da companhia e do município para que a conclusão do empreendimento aconteça o mais breve possível, dentro de um rigoroso padrão de qualidade. “Recebemos inúmeras reclamações sobre a incapacidade da antiga administração em encontrar solução para a finalização do empreendimento. Retomamos e concluiremos o projeto para reassentar as famílias e promover a recuperação ambiental das áreas de origem, melhorando assim, também a condição das pessoas que vivem naquelas regiões”, diz Lupion.       

Interrupções

A construção do conjunto Maringá 1 teve início em 2009, a partir do projeto de urbanização e regularização fundiária da Vila Nori, com recursos na ordem de R$ 6,9 milhões, provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 1). A construção do empreendimento sofreu duas interrupções, a primeira em 2011, e a outra em 2015, por conta do abandono das empresas que haviam sido licitadas para execução dos serviços.

Nas duas etapas de obras já foram aplicados R$ 4,4 milhões dos recursos, sendo que, da segunda fase, além do governo federal foram incluídos recursos do município e da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar). Foram realizadas obras de pavimentação de ruas, colocação de meios-fios, redes de água, esgoto e colocação de galerias pluviais. Porém, a interrupção das moradias inviabilizou a transferência das famílias.

Agora, como o reinício das obras, todas unidades serão finalizadas, além da realização de outros serviços como a limpeza e regularização de terrenos, construção de muros, calçadas, rampas de acessibilidade e sinalização nas vias pavimentadas.

As famílias, dependendo de sua composição, morarão em casas ou sobrados de alvenaria com até três quartos. Há ainda unidades adaptadas que serão destinadas às pessoas em cadeiras de rodas. Localizado em uma área de aproximadamente 30 mil metros quadrados, no fim da Rua David Bodziak, na divisa com Almirante Tamandaré, o conjunto fica ao lado do Moradias Maringá 2, empreendimento com 43 moradias para onde já foram reassentadas famílias da Vila Nori.

O conjunto fará parte de um grande complexo de habitação popular construído pela Cohab na região Norte da cidade e que inclui os residenciais Santa Sofia, Cedros, Pinheiros, Aroeira Imbuia e Figueiras. O residencial Figueiras, com 80 apartamentos, está em fase final de obras. Dessa forma, o programa habitacional do município viabilizou 2.234 moradias, transformando a região que era um dos últimos vazios demográficos da cidade.

Recomeço de vida

Além dos futuros moradores do conjunto Maringá 1 a retomada da obra está representando recomeço de vida para outro um grupo de pessoas. São dezenas de trabalhadores da construção civil que estavam desempregados havia meses e agora foram contratados pela empresa responsável pela conclusão da obra.

O pedreiro Darci Moreno dos Anjos, de 49 anos, é um deles. Depois de um ano sem trabalho fixo, vivendo de “bicos”, ele comemora a possibilidade de voltar a ter a registro na carteira de trabalho. “Essa obra é oportunidade para quem vem morar aqui, mas também para a gente, que garante o sustento da família com o trabalho”, diz Darci.

Fonte Oficial: http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/cohab-retoma-construcao-de-156-moradias-abandonadas-pela-gestao-anterior/42018.

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