Corregedores da Justiça Eleitoral participam de debates na comissão da reforma política — Tribunal Superior Eleitoral

A comissão instalada na Câmara dos Deputados para debater a reforma política realizou, nesta manhã (10), reunião com a participação de 11 corregedores de Tribunais Regionais Eleitorais e também do corregedor-geral eleitoral, ministro Herman Benjamin.

Os debates foram em torno do relatório parcial apresentado pelo relator da matéria, deputado Vicente Cândido, no sentido de fazer modificações que possam valer já a partir das eleições de 2018.

O ministro Herman Benjamin fez sua análise do parecer abordando três temas: crise partidária, transparência e financiamento de campanha.

Logo de início ele ressaltou que a crise que parece ser apenas do Parlamento, a rigor, é uma crise da democracia como um todo. “A crise é da democracia brasileira e não se limita ao Parlamento. Por essa razão, é preciso discutir saídas com todos os segmentos da sociedade”, disse o corregedor ao ressaltar que as questões discutidas na reforma têm efeito prático na vida do cidadão. Também por essa razão o ministro elogiou a iniciativa de envolver a Justiça Eleitoral nos debates que buscam mudanças.

“O objetivo maior de qualquer reforma eleitoral é o fortalecimento da representação política”, afirmou.

Um dos temas que gerou mais debate durante a fala do ministro Herman foi o financiamento de campanha. O magistrado afirmou que o financiamento por pessoas jurídicas criou no Brasil um sistema perverso que não trouxe nenhum benefício. Por essa razão, o financiamento público das campanhas é apontado como saída.

“Democracia, como outros direitos da cidadania, tem custo. É evidente que alguém vai ter que pagar. Precisamos estar dispostos a pagar para evitar o chamado caixa dois”, enfatizou o ministro ao destacar que o tema não envolve apenas os políticos, mas todos os brasileiros.

Mulheres na política

Além do ministro Herman Benjamin, a ex-ministra do TSE Luciana Lóssio também participou dos debates para defender que a reforma política possa ampliar a participação das mulheres na política.

“No cenário político como um todo, no Parlamento, essa proporção é absolutamente distorcida”, disse ela ao destacar que as mulheres são maioria na sociedade, mas minoria na representação parlamentar.

“É preciso que todos os partidos tenham a plena consciência de que este é um tema que está sendo analisado com todos os holofotes pela Justiça Eleitoral”, lembrou a ministra ao citar a punição aos partidos, por parte do Plenário do TSE, por constatar que eles não investiram o tempo mínimo de 5% da propaganda partidária para incentivar a participação das mulheres na política. Essa é uma exigência implementada pela Reforma Eleitoral de 2015 (Lei nº 13.165), que passou a exigir o investimento mínimo do valor recebido por cada partido como na criação e manutenção de programas que promovam a participação das mulheres no mundo político.

CM/RC

Fonte Oficial: http://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2017/Maio/corregedores-da-justica-eleitoral-participam-de-debates-na-comissao-da-reforma-politica.

​Os textos, informações e opiniões publicados neste espaço são de total responsabilidade do(a) autor(a). Logo, não correspondem, necessariamente, ao ponto de vista do Portal do Magistrado.

Comentários

Produtos Recomendados

Confira Também

Corte Eleitoral afasta alegações de inelegibilidade e confirma registro de candidato a deputado estadual por SP — Tribunal Superior Eleitoral

Por unanimidade, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmaram, na sessão plenária jurisdicional desta …