Curitiba/PR: Prefeitura dá apoio a servidores agredidos: foram 24 casos de janeiro a maio

A tentativa de agressão sofrida por uma enfermeira da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pinheirinho, nesta quarta-feira (10/5), mostra um lado pouco conhecido, mas preocupante, do serviço público: os casos de servidores que sofrem violência por parte de cidadãos. Segundo levantamento da Secretaria de Recursos Humanos, de janeiro a maio deste ano, 24 funcionários da Prefeitura notificaram agressões físicas. Em 2016, foram 86 notificações. Os números não incluem as agressões verbais, sem levantamento oficial.

Os casos de lesões sofridas por servidores ocorreram, principalmente, com professores da rede municipal de ensino, atendentes da Fundação de Assistência Social (FAS), funcionários das unidades da Secretaria Municipal de Saúde e guardas municipais.

“Há comunicados de alunos que agrediram professores, pessoas em situação de risco que perderam o controle e causaram lesões em funcionários da FAS, notificações como a da enfermeira agredida na unidade de Saúde e guardas municipais que sofreram algum tipo de violência em serviço”, conta Maria de Lourdes Iargas d’Avila, diretora do Departamento de Saúde Ocupacional, da Secretaria Municipal de Recursos Humanos, responsável pelo acompanhamento dos casos.

O Artigo 331 do Código Penal (Decreto Lei 2848/40) estabelece que é crime desacatar funcionário público no exercício de sua função. As penas podem ser de seis meses a dois anos de detenção ou multa.
Apoio

Maria de Lourdes lembra que o Departamento de Saúde Ocupacional vem atendendo, desde 2015, situações de agressões aos servidores. “Buscamos oferecer escuta e acolhimento emocional aos funcionários da Prefeitura que passam por esse enfrentamento em função do trabalho e estão sob a pressão do estresse sofrido”, conta ela.

De acordo com a diretora, o primeiro atendimento ao servidor é realizado 24 horas após a ocorrência ou no prazo imediato mais conveniente ao funcionário. “Nosso trabalho visa a orientação e o encaminhamento para tratamento, quando indicado, além de retorno em 30 dias para atuar na prevenção do estresse pós-traumático”, salienta Maria de Lourdes.
Episódio

Nesta quarta-feira, uma jovem, de 25 anos, tentou agredir uma enfermeira da UPA Pinheirinho, além de ofendê-la e a ameaçar verbalmente. A tentativa de agressão foi impedida pela Guarda Municipal.

A mulher chegou à unidade às 9h26, reclamando de dor abdominal surgida naquela manhã. Foi classificada pelo protocolo de Manchester como paciente não urgente. Às 9h40 disse ter sido chamada no painel eletrônico para o consultório 00, que inexiste na unidade.

Um funcionário da unidade verificou consultório por consultório se poderia ter havido algum erro e constatou que ela não havia sido chamada ainda. Prontamente, a enfermeira se dispôs a reavaliá-la, mas pediu que aguardasse enquanto terminava o atendimento que realizava naquela hora.

Muito irritada, a jovem passou a xingar a enfermeira e pressionou-a contra o balcão, momento que foi contida pela Guarda Municipal. Com as ofensas, foram proferidas ameaças. Mesmo assim, a paciente foi chamada às 10h01 para consulta médica, mas já havia saído da UPA. Na avaliação, a paciente não informou estar grávida. A enfermeira vítima da jovem foi à delegacia prestar queixa da ocorrência.

Naquele momento, nove médicos trabalhavam na unidade e não havia longo tempo de espera para atendimento, mesmo para pacientes não urgentes.

Fonte Oficial: http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/prefeitura-da-apoio-a-servidores-agredidos-foram-24-casos-de-janeiro-a-maio/42080.

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