Porto Alegre/RS: Comunicao Social

27/09/2017 16:45:39

Foto: Cristine Rochol/PMPA


Com mensagens, colcha simboliza a histria das mulheres abrigadas

Foto: Cristine Rochol/PMPA

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Secretrio Strmer participou do evento em comemorao ao aniversrio

Uma colcha de retalhos com mensagens de coragem, superao e afeto simboliza a passagem dos 25 anos da Casa de Apoio Viva Maria. Nesse perodo, foram mais de 2,2 mil atendimentos, entre abrigagem e orientaes para mulheres e seus filhos menores em situao de violncia domstica e sexual. Com capacidade para 11 famlias, o abrigo permite at trs meses de moradia temporria, para que as vtimas recebam atendimento e vislumbrem a possibilidade de uma vida longe da violncia. (fotos)

nica no pas a permanecer com o servio ininterrupto por tanto tempo, a casa foi inaugurada em setembro de 1992, coordenada pela Secretaria Municipal de Sade (SMS). Nesta quarta-feira, 27, a confraternizao para comemorar o aniversrio contou com apresentao de vdeo resgatando a histria da instituio, apresentao artstica e mostra de atividades, com a presena do secretrio de Sade em exerccio, Pablo Strmer, da assessora de Educao Continuada da SMS, Diane Moreira do Nascimento, usurias e profissionais de sade.

“O atendimento ocorre na forma de moradia protegida, no sentido de ajudar as mulheres a reiniciarem suas vidas em melhores condies e sem violncia, a partir do fortalecimento enquanto sujeitos de direito e da melhora da autoestima”, explica a ex-coordenadora e gerente distrital de sade, enfermeira Ana Lucia Dagord. A casa oferece um programa de assistncia integral, onde so desenvolvidas aes de sade, apoio psicolgico, social e jurdico, orientao ocupacional e pedaggica.

Possui uma equipe multidisciplinar, com atendimentos individuais e em grupo s mulheres e crianas. “Nos ltimos cinco anos, tivemos uma mdia anual de 56 mulheres abrigadas, 94 crianas e 15 orientaes”, destaca a atual coordenadora, assistente social Saionara Rocha. “A abordagem individual e em grupo tem por objetivo desenvolver uma atitude crtica e de reflexo em relao violncia vivenciada, para promover a autonomia em um processo de reorganizao da identidade e da cidadania”, diz Saionara.

O perfil das abrigadas mostra um alto grau de vulnerabilidade: em sua maioria, so mulheres na faixa etria entre 20 e 39 anos (80,6%), com dois filhos. O grau de escolaridade baixo, e 69,1% delas tm apenas o primeiro grau incompleto. Em relao profisso/ocupao, 50,8% trabalham em servios de higienizao e cozinha, e, em consequncia, com menores rendimentos. Chegam at a Casa de Apoio Viva Maria encaminhadas, em maior proporo, pelos Conselhos Tutelares (32,5%), e em 30,1% pela Delegacia da Mulher. So provenientes de bairros perifricos do municpio de Porto Alegre, das regies menos favorecidas.

“Em relao permanncia na situao de violncia, em 31,1% dos casos levantados elas permaneceram de cinco a dez anos, indicando a cronificao da violncia, com repercusses no desenvolvimento pessoal, na sade fsica e mental e, principalmente, na autoestima”, explica Ana. As queixas so de agresso e ameaa em 70,9% dos casos. Normalmente, o agressor o companheiro, o marido, o ex-companheiro ou o ex-marido, em 93,4% das situaes.

O endereo da Casa mantido em sigilo. Para acessar o programa, a mulher em situao de violncia domstica encaminhada pela Delegacia da Mulher, conselhos tutelares, unidades de sade, emergncias hospitalares e por outros servios que realizam atendimento s mulheres.


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Texto de: Vanessa Conte
Edio de: Ari da Silva Teixeira
Autorizada a reproduo dos textos, desde que a fonte seja citada.


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