Câmara Municipal de São Paulo Comissão de Trânsito trata do BRT da Radial Leste

O projeto de BRT da Radial Leste possui cerca de 26 km, do Parque Dom Pedro até Guaianases

ELDER FERRARI
DA WEB RÁDIO CÂMARA

A Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia realizou nesta quarta-feira (27/9) uma reunião extraordinária para tratar do BRT (Bus Rapit Transit ou Transporte Rápido por Ônibus) da Radial Leste.

Representantes da Prefeitura participaram da reunião e explicaram que o BRT da Radial Leste está dividido em três trechos que totalizam cerca de 26,5 km, do Parque Dom Pedro, passando por Itaquera e chegando a Guaianases.

O problema levantado é que esse projeto foi licitado em 2012, mas foi cancelado judicialmente pelo Tribunal de Contas da União (TCU), já que contava com recursos federais. O TCU apontou irregularidades na concorrência vencida pelas construtoras OAS e EIT Engenharia. Destacou ainda que os orçamentos da obra estariam com sobrepreço.

O superintendente de projetos da SPObras, Roberto Moura, disse que esse projeto está orçado em R$ 800 milhões, mas com as desapropriações de 553 imóveis o valor seria ultrapassado. Por esta razão e para deixar o processo mais célere, Roberto explicou que a SPObras está revisando o projeto com a intenção de reduzir o número de desapropriações e consequentemente o valor e que, provavelmente, haverá uma nova licitação.

“A ideia obviamente é que a gente possa minimizar isso, entendendo que a desapropriação tem um impacto social grande. Estamos nos esforçando para que esse projeto seja o mais qualificado possível, para que a melhoria de transporte seja colocada em operação o mais rápido possível para a população.”

Roberto Moura acredita que essa revisão do projeto do BRT Radial Leste seja feita pela SPObras até o final do ano. “Como o projeto é importante para a cidade, vamos fazer o possível para que em 2018 a gente tenha uma ordem de serviço para o início das obras”.

O BRT separa uma das faixas da avenida para a instalação de baias, permitindo que apenas os ônibus possam circular. Para usar o serviço as pessoas precisam ir até as estações, como acontece no metrô, facilitando a fluidez desse transporte. Numa faixa de rolamento passam cerca de 4 mil carros por hora.

Essa reunião extraordinária foi requisitada pelo vereador João Jorge (PSDB). Ele acredita que é preciso explicar para o cidadão o que de fato é um BRT e os benefícios dele para a cidade de São Paulo.

“Esse Bus Rapit Transit é um corredor de ônibus segregado e não uma faixa exclusiva. Nós precisávamos saber como está o andamento desse BRT para a zona leste. Na reunião obtivemos essa informação. Foi produtivo e útil para a sociedade paulistana.”

Para o presidente da Comissão de Trânsito, vereador Senival Moura (PT), o investimento no BRT é importantíssimo para criar mais uma alternativa de transporte coletivo, facilitando a mobilidade urbana.

“O BRT vai ser importantíssimo justamente para dar essa condição para aqueles que vão deixar o seu automóvel caso o transporte melhore.”

Subcomissão do Motofrete

A Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia aprovou na reunião ordinária desta quarta-feira (27/9) a instauração da Subcomissão que vai tratar das Empresas de Aplicativos de Motofrete e os profissionais motofretistas.

Essa subcomissão será composta por três integrantes e terá 90 dias para realizar o trabalho. Quem propôs a Subcomissão foi o vereador Adilson Amadeu (PTB). Ele explicou que o objetivo da Subcomissão será legalizar esses aplicativos de motofrete, que não estão cumprindo as regras da cidade.

“A tecnologia veio para ficar, está no mundo todo, só que precisa ter regras básicas para todos. Então essa é a razão de formar a Subcomissão, plantando mais uma sementinha da legalidade na cidade de São Paulo.”

O vereador Adilson Amadeu ainda explicou que a Subcomissão vai tratar do enquadramento desses aplicativos em empresas de serviço, o que vai obrigá-las a pagar o ISS (Imposto Sobre Serviços), gerando recursos para o Município. Outro ponto que deverá ser debatido é a questão trabalhista, já que esses profissionais que atuam para os aplicativos não possuem nenhuma cobertura legal.

Fonte Oficial: http://www.camara.sp.gov.br/blog/comissao-de-transito-trata-do-brt-da-radial-leste/.

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