Os deputados vão decidir no voto nominal se o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) ficará sob a autoridade do Ministério da Justiça e Segurança Pública, com Sérgio Moro, ou da Economia, com Paulo Guedes.
O Coaf fazia parte do Ministério da Fazenda até o fim do governo Temer. A MP transferiu o órgão para o Ministério da Justiça, mas a comissão especial decidiu devolver o órgão para a equipe econômica e o colocou no Ministério da Economia. Um destaque quer restaurar o texto original.
O líder do governo, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), defendeu o retorno ao texto original. “O brasileiro elegeu um presidente coerente com as bandeiras de combate à corrupção, à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Não importa como outros países fazem, o Brasil tem de ter coragem de tomar uma decisão que vai ser seguida pelos outros”, disse ele. O líder governista se refere ao principal argumento dos que defendem o Coaf na Economia: o órgão tem trabalhado com excelência fazendo parte da equipe econômica.
Por sua vez, o deputado Beto Pereira (PSDB-MS) destacou que foi o Coaf que deu início à Operação Lava Jato, por meio de um relatório sobre o doleiro Alberto Yousseff. “Em 21 anos de existência, o Coaf nunca foi acusado de ser um órgão partidário e muito menos um inerte: ele atua como um grande auxiliar nas investigações criminais sem perder o objetivo de fazer a investigação financeira”, declarou. Ele defendeu a manutenção do conselho no Ministério da Economia.
O líder do DEM, deputado Elmar Nascimento (BA), destacou que a manutenção do órgão na equipe econômica leva em conta o sigilo de dados financeiros. Já o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) afirmou que a mudança é considerada um casuísmo, opinião também do deputado Otoni de Paula (PSC-RJ). “Se o Sérgio Moro for pra outro ministério, não vai poder levar o Coaf”, apontou.
O deputado Diego Garcia (Pode-PR), por outro lado, disse que nos poucos meses que esteve subordinado a Moro, o órgão teve a equipe quase dobrada. Ele defendeu a manutenção do texto original da MP.
Mais informações em instantes
Fonte Oficial: Câmara dos Deputados.
Os textos, informações e opiniões publicados neste espaço são de total responsabilidade do(a) autor(a). Logo, não correspondem, necessariamente, ao ponto de vista do Portal do Magistrado.