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CNJ inicia nacionalização da Plataforma Socioeducativa com expansão para 14 novos tribunais

Nessa terça-feira (27/8), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou o processo de expansão da Plataforma Socioeducativa (PSE), ferramenta que automatiza a gestão de processos do sistema socioeducativo e entrou em operação no ano passado, implantada de forma pioneira pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN). Ao todo, quatro novos tribunais (Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Rondônia) devem fazer parte da primeira onda de nacionalização, e outros 10 (Bahia, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Amapá, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará e Rio de Janeiro) também já estão aptos a receberem o sistema nos próximos meses. Representantes dos 14 TJs se reuniram ontem com o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF) do CNJ para discutir a adesão.

A PSE foi criada para substituir o Cadastro Nacional de Adolescentes em Conflito com a Lei (CNACL), que registra as guias de acompanhamento da situação processual de adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas. Funciona de forma integrada com o Processo Judicial eletrônico (PJe), sistema desenvolvido pelo CNJ para encerrar a tramitação de processos em papel. Os 14 tribunais brasileiros são elegíveis para o sistema justamente porque possuem processos digitalizados e operam com o PJe.

A ferramenta representa um salto tecnológico para a justiça Juvenil ao permitir o acompanhamento e o gerenciamento de processos sob responsabilidade de cada juiz, vara, cidade ou estado, além de emitir alertas sobre prazos a vencer e facilitar o acesso ao Plano de Atendimento Individualizado dos e das adolescentes. Permite ainda a formação de uma base confiável sobre o perfil sociodemográfico de adolescentes em cumprimento de medida, que hoje carece de dados atualizados.

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“A PSE é a resposta do CNJ para a necessidade histórica de uniformizar a socioeducação brasileira e gerenciar dados que nos ajudem a pautar as melhores decisões no âmbito jurisdicional. Também atende a demandas exigidas em foros internacionais e tratados aos quais o Brasil é signatário, nos colocando no rumo certo para alcançarmos uma justiça juvenil plena e coesa, com prioridade absoluta para os direitos dos adolescentes”, disse o juiz auxiliar da Presidência do CNJ e coordenador do DMF, Luís Lanfredi.

O juiz auxiliar da Presidência do CNJ com atuação no DMF Edinaldo César Santos Junior falou sobre o desenvolvimento da PSE, em curso desde 2021, e a automatização proporcionada pela Plataforma. “Este sistema atua como auxiliar na garantia dos direitos dos adolescentes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Sinase; o atendimento aos prazos processuais; melhorias na gestão da informação, confiabilidade e transparência dos dados do socioeducativo e informatização e padronização das informações sobre os processos”, disse.

O juiz auxiliar da Presidência do Conselho Adriano Araújo afirmou que a PSE está em conformidade com a Resolução CNJ nº 335/2020, que institui a Plataforma Digital do Poder Judiciário Brasileiro (PDPJ) e estabelece o PJe como sistema preferencial do CNJ enquanto política pública.

A Plataforma Socioeducativa foi desenvolvida no âmbito do programa Fazendo Justiça, uma iniciativa do CNJ em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para fomentar políticas públicas nos campos do Sistema Prisional e Sistema Socioeducativo.

Texto: Ísis Capistrano  
Edição: Nataly Costa  
 Agência CNJ de Notícias 

Fonte Oficial: Portal CNJ

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