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Supremo Tribunal Federal

Hoje, dia 2 de abril, é Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Na abertura da sessão plenária, o ministro Luís Roberto Barroso lançou a campanha Abril Azul, que reforça o compromisso do Supremo com a neurodiversidade e com a acessibilidade.

“Homenageamos com muito carinho os servidores, colaboradores e estagiários autistas que atuam no Supremo, bem como os filhos e parentes dos nossos servidores nessa condição. A presença dessas pessoas enriquece nosso ambiente. Que este Abril Azul nos inspire a construir um país mais justo, acessível e acolhedor para todos, sem capacitismo”, afirmou Barroso.

Como uma das iniciativas da campanha, o edifício-sede do STF ficará iluminado de azul até o dia 6 (domingo). Além disso, serão divulgados materiais informativos nos canais de comunicação do Supremo durante todo o mês.

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Mais conhecimento e menos discriminação

Por muito tempo, o autismo foi tratado como uma condição a ser “curada” ou “normalizada”. Acreditava-se que pessoas autistas precisavam se encaixar em padrões considerados “normais” pela sociedade. No entanto, essa visão mudou significativamente nos últimos anos. Hoje, compreende-se que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurobiológica que representa uma forma natural da diversidade humana.

O psicólogo clínico e analista do comportamento Gustavo Tozzi explica que o autismo é uma variação genética presente em grande parte da população, de modo que estar no espectro do autismo não significa, automaticamente, estar adoecido ou transtornado. Em vez de se buscar uma suposta cura, a atual abordagem prioriza a neuroafirmação, conceito que enfatiza a importância do autoconhecimento e da construção de redes de apoio para as pessoas autistas.

Compreender o autismo e combater a discriminação é essencial para a construção de uma sociedade mais inclusiva. “O sofrimento de pessoas autistas está frequentemente relacionado à falta de compreensão, exclusão e ausência de suporte adequado. E é justamente isso que estamos, como sociedade, aprendendo a transformar”, enfatiza Tozzi. Essas mudanças de perspectiva se refletem na adoção de práticas mais justas, como o combate ao capacitismo e a promoção de adaptações no ambiente escolar, no mercado de trabalho e na vida em sociedade.

(Cairo Tondatto//AL)


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Fonte Oficial: Portal STF

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