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Pena Justa: alimentação de qualidade e trabalho são foco de projeto para detentos do ES

Em visita à Vitória (ES), o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, lançou outro projeto piloto voltado à segurança alimentar de detentos da Penitenciária Agrícola do Espírito Santo (PAES). O projeto é uma parceria entre o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (Senar-ES) e tem como foco levar ações de educação e de promoção de um melhor acesso à alimentação no sistema prisional, por meio de formação profissional para pessoas privadas de liberdade.

Renato da Silva Santos, 36 anos, foi um dos primeiros participantes do curso de massas e doces ofertado pelo projeto recém-inaugurado na capital capixaba. Ex-pizzaiolo, ele já sonha em trabalhar em padarias ou em uma pizzaria quando tiver cumprido sua pena.

Cursista, Renato da Silva Santos, detento da Penitenciária Agrícola do Espírito Santo (PAES). Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ

O coordenador do DMF/CNJ, o juiz auxiliar da presidência do CNJ Luís Geraldo Sant’Ana Lanfredi, explicou que o projeto de Segurança Alimentar do Pena Justa não apenas propõe a geração de trabalho, renda e remição da pena, como também permite, a longo prazo, transformar a unidade prisional em um local autossustentável.

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Além do Espírito Santo, estão sendo implementados outros projetos-piloto de unidades produtivas de alimentos em estabelecimentos prisionais do Rio Grande do Norte, de Rondônia e do Amapá. A ideia é que o projeto seja expandido a todas as unidades prisionais do país, de acordo com as metas determinadas pelo Plano Pena Justa.

A abertura oficial do projeto contou com a presença do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande; com o secretário nacional de políticas penais do Ministério da Justiça (Senappen/MJSP), André Garcia; com o secretário de Justiça do governo do estado do ES, Rafael Rodrigo Pacheco Salaroli (Sejus/ES); e com o representante da Fundação Roberto Marinho, João Alegria.

Também estiveram presentes autoridades do Sistema de Justiça: a secretária-geral do CNJ, a juíza Adriana Cruz; o supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ), José Edivaldo Rotondano; além de promotores, defensores públicos e membros do Judiciário capixaba.

Sustentabilidade e capacitação: Pena Justa leva melhorias a prisões do Espírito Santo

Pena Justa

Em 2024, depois de aprovado pelo STF, o CNJ, em parceria com o Pnud, apresentou um plano para interromper o quadro de violação massiva dos direitos fundamentais e de condições mínimas de dignidade constante nas prisões. Além da melhora das condições de vida em relação à higiene, saúde, infraestrutura (instalações dignas e redução da superlotação, entre outros) e alimentação, o Pena Justa também ressalta o acesso à qualificação e à cultura, voltada para a formação não formal das pessoas que estão sob a custódia do Estado, como um dos pontos de ação para a solução do caos no sistema carcerário brasileiro. Elaborado pelo CNJ e pelo governo federal, o plano possui mais de 300 metas a serem cumpridas até 2027.

Texto: Regina Bandeira
Edição: Beatriz Borges
Agência CNJ de Notícias

 

Fonte Oficial: Portal CNJ

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