Tendo passado por 10 cidades da maior ilha fluvial do mundo, a Ilha do Marajó, o projeto do CNJ Ação para Meninas e Mulheres do Marajó chegou à sua sexta etapa, dessa vez conhecendo a realidade e atuando junto às cidades de Chaves e Afuá. Equipe do Conselho Nacional de Justiça está na ilha desde domingo (7/12). A ação é coordenada pela presidente do Fórum Nacional da Infância e da Juventude e da Comissão Permanente de Políticas de Prevenção às Vítimas de Violências, Testemunhas e de Vulneráveis, conselheira Renata Gil.
Com atividades iniciadas por uma passeata em Macapá pelo fim da violência contra meninas e mulheres, a comitiva composta por servidores e magistrados, e ainda pela ativista Luiza Brunet, já passou também pelo município de Chaves, que contou com a realização de rodas de conversa e capacitações sobre o tema da violência sexual, doméstica e familiar contra meninas e mulheres.
Agora, com a presença da coordenadora da ação, conselheira Renata Gil, a comitiva chega a Afuá para mais ações que incluem uma passeata para conscientização sobre a campanha Sinal Vermelho, bem como rodas de conversa e uma visita à organização que atende adolescentes que tentaram autoextermínio. A inauguração de um Ponto de Inclusão Digital (PID), iniciativa que promove acesso facilitado ao sistema de justiça e a diversos serviços do Estado, acontecerá na comunidade de Manaíva, na área rural de Afuá.
A missão marca o fim de um ciclo de visitas e atividades coordenado por Renata Gil, que conclui seu mandato no início de fevereiro, e que já esteve em Soure, Salvaterra, Portel, Breves, Bagre, Melgaço, Santa Cruz do Ariri e Ponta de Pedras. “A nossa intenção sempre foi fortalecer o sistema de justiça, os equipamentos públicos que já funcionavam e estruturar outros. Só acredito em projetos que são interinstitucionais e políticas públicas perenes”, frisou.
De forma concentrada, a ação já promoveu julgamentos dos casos de violência doméstica e familiar contra mulheres e crimes contra crianças e adolescentes. A violência sexual no Marajó é um problema grave da região. Os municípios do local têm o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. O programa do CNJ conta com parceria do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e do governo do estado.
Texto: Jonathas Seixas
Revisão: Caroline Zanetti
Agência CNJ de Notícias
Fonte Oficial: Portal CNJ
